Cordel vivo: a tradição como alimento da modernidade

Moisés Monteiro de Melo Neto, José Nogueira da Silva

R$55.00

A Literatura de Cordel tem se tornado amplamente conhecida dentro e fora do Brasil. Porém, apesar da profusão de oficinas, palestras e produções acadêmicas acerca do cordel, muitos equívocos ainda são latentes, não estamos falando apenas de questões referentes a pontos de vista, mas afirmações sem nenhuma base referencial que mínguam o mérito de um país que foi colonizado produzir algo tão genuíno em sua literatura. Partindo desse pressuposto, afirmamos que o Cordel é um gênero literário brasileiro, apesar do termo Cordel ser importado de Portugal, pois, aqui, por muito tempo foi chamado de “folheto” ou “romance”. Com essa primícia discursiva, adotamos
a premissa epistemológica interseccional, na qual a teoria da literatura, a nova história e a sociologia permitem compreendemos que o Cordel nunca foi uma literatura em vias de extinção, pois, uma leitura menos romantizada e mais teorizada permite compreender
que as mudanças são inevitáveis, mas a descaracterização nem sempre, o que permite que mais de cem anos de produção constitua uma tradição popular com cânones, o que apenas aparentemente é um paradoxo, mas ao conhecermos autores como Leandro Gomes de Barros, Francisco Chagas Batista, Silvino Pirauá, João Martins de Athayde e Patativa do Assaré, compreendemos que a canonização de grandes autores não é um monopólio da literatura chamada de erudita, posto que essas diferenças são menos diferentes sem uma leitura pautada em tais divisões. Portanto, vamos desnudar o Cordel e conhecer sua face mais explícita, porém, epistemologicamente oculta.

ISBN

978-65-265-0972-2

Ano de lançamento

2024

Número de páginas

153

Formato