Cá, neste lugar, trouxemos como companheiros e companheiras os ecos de nossa ancestralidade. E sua ausência histórica repercutiu uma presença cintilante, entre nós, de pretos e pretas, de homens e mulheres arrancados de seus berços e relegados a um gemer ensurdecedor que nos reclamava passagem e presença. Deitamos olhares aos povos nativos que emergiram debaixo desse imenso chão chamado Brasil e tiveram seus direitos cerceados por grileiros de além mar que aqui aportaram para cravar a bandeira dolorosa da dominação. Buscamos dialogar com os povos sul-americanos, seus textos e contextos, seus pretextos nas lutas de resistência e nos cantares de revoluções. Pensamos ser o nosso lugar de fala, um chão prenhe de silenciamentos numa onda de negacionismo que promoveu morte escândalos de milhares de homens e mulheres, na sua maioria empobrecidos, e abriu os portais da violência domésticas, do feminicídio, da homofobia e do infanticídio.
Quisemos confabular com outras cartografias mirando à distância, com aguçada crítica, os epistemicídios que desde muito atravessam a cultura, o ser e o fazer de nosso povo e de nossa academia. Nosso percurso, calcado no diálogo respeitoso e no aprendizado potente, permitiu-nos o traçar de códigos na busca de cartografar semânticas outras de visada das Filosofias, das Culturas e da compreensão do que para nós vem a ser a práxis educacional e seus necessários diálogos.
