Não há dúvida de que a leitura é um caminho muito importante para a informação e, principalmente, para a formação do educando. Nem sempre essa é uma das tarefas mais fáceis. Ela apresenta dificuldades e propõe muitos desafios, os quais exigem dos adultos, pais e educadores, não apenas boa vontade, mas também esforço e dedicação constantes. Tentar superá-los é a meta prioritária para qualquer um que queira enfrentar essa barreira e, com isso, ajudar a mudar o rumo da história de cada educando, fazendo-o entender que quem lê transcende o tempo e se permite uma viagem de prazer indescritível, visto que a leitura é uma experiência pessoal, ímpar. Para que isto se efetue, compreendemos a escola como uma fundamental mediadora nesse processo, através de práticas constantes de leitura organizadas em torno de uma diversidade de textos. Como é na escola, na maioria das vezes, que os alunos têm contato inicial com a leitura, entendemos que ela também possa ser, por seu caráter legítimo, esse lugar de fomento à literatura como um importante veículo de reconhecimento das realidades sociais no texto e através dele.
O diálogo que se seguem nessas linhas buscou travar um debate necessário, do ponto de vista acadêmico, sobre a política do livro e da leitura, a partir da literatura infantojuvenil, especialmente por meio do Programa Nacional Biblioteca na Escola, sem, contudo, apontar para a estética insistente da literatura como arte. Fruto de uma pesquisa de mestrado, realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, correspondeu a um recorte temporal necessário ao tempo do estudo, mas com demonstração de uma dinâmica que se sucedeu aos demais anos, refletindo o movimento do programa analisado. Uma leitura, portanto, atual e necessária a todos que desejam se inteirar sobre leitura, literatura, educação. Ainda mais fundamental e extensivo àqueles que se interessam pela formação humana de forma ampliada, e, ainda, no contexto da escola.
