São inúmeros os desafios relacionados ao funcionamento do SUS, sobretudo no que tange às determinações sociais, notadamente o racismo e seu impacto na saúde. Com a ausência de políticas capazes de enfrentar tais questões, sempre consideradas secundárias, a sociedade civil vem historicamente organizando e protagonizando ações que permeiam a promoção dos direitos básicos e fundamentais que compõem não apenas a Constituição Federal, mas também os documentos e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. A publicação do Caderno de “Boas Práticas em atenção à saúde da população negra no Brasil”, fruto da parceria entre Aliança Pró-Saúde da População Negra, o Grupo de Pesquisa Educação, Territórios Negros e Saúde da Universidade Federal de São Carlos (ETNS/UFSCar) e o Fórum Paulista de Saúde da População Negra, reúne um conjunto de experiências na área, demonstrando não apenas o cuidado coletivo que permeia a ideia de saúde integral, como também a resposta ao cenário político em que a população negra brasileira atua, em diferentes territórios, em meio às disparidades analisadas em diferentes pesquisas, estudos e documentos oficiais.
