Entre o efêmero e o duradouro: a escola de filosofia da linguagem de Augusto Ponzio no Brasil
Organização: Camila Caracelli Scherma, Marisol Barenco de Mello, Nathan Bastos de Souza
R$45.00
PRÉ-VENDA: ENVIOS A PARTIR DE 01/02/2023
O que se pode fazer com o efêmero? Se pode apenas perder tempo, como faz o pequeno príncipe com sua rosa, mas justamente perdendo tempo se pode tornar importante o efêmero. “Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que a fez importante”, disse a raposa. “Os homens se esqueceram dessa verdade, mas tu não a deves esquecer”. A raposa tem uma palavra para nomear as relações que unem ao efêmero: “cativar”: é uma coisa há muito esquecida. Quer dizer: “criar laços”. Cativar, ou ainda, ser cativado. “Tu, até agora, para mim, não és mais que um garotinho igual a milhares de garotinhos. E não preciso de ti. E nem tu precisas de mim. Eu não sou para ti mais que uma raposa igual a milhares de raposas. Mas se tu me cativas, nós precisaremos um do outro. Tu serás para mim único no mundo, e eu serei para ti a única no mundo”. “Começo a entender”, disse o pequeno príncipe. “Existe uma flor… creio que me tenha cativado…”. Cativar, e ser cativado, quer dizer sofrer: “Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. E quando se aproximou a hora da partida: “Ah!”, disse a raposa, “… chorarei”. “A culpa é tua”, disse o pequeno príncipe, “eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que te cativasse”. “É verdade”, disse a raposa. “Mas então, o que ganhas?”. “Ganho”, disse a raposa, “a cor do trigo”.
(Augusto Ponzio)
Ano de lançamento | 2023 |
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ISBN | 978-65-265-0280-8 |
Formato | |
Número de páginas | 177 |
Organização | Camila Caracelli Scherma, Marisol Barenco de Mello, Nathan Bastos de Souza |