Os livros são objetos transcendentes, já nos disse Caetano. E um livro não se faz apenas com muitas palavras, tampouco o fazemos sem elas. Palavras que são tradução de ideias, conceitos, concepções de mundo e, em nosso caso, de insurgências. O presente livro é uma coletânea de insurgências escritas de formas, paradoxalmente, singulares e plurais. Dessa maneira, podemos dizer que politizar as infâncias, colocar em xeque o conservadorismo, pensar as crianças como curriculistas, trazer a poesia como prática-teoria-prática, racializar a escola, tecer relação entre a universidade e escola, tornar as infâncias dialógicas, reafirmar a menina movimento, pensar na/com a alteridade, refletir a partir do ódio, propor afrofuturismos, caminhar com quem cumpre medida de internação, pautar o caráter excludente da reforma do Ensino Médio, orientar escolhas profissionais, interseccionar a produção de conhecimento e surfar com os filósofos pretos são formas de cutucar a vida para gerar insurgências necessárias no tempo presente!!!! Contamos, então, mais uma história. E mais uma. E mais uma… Teimamos em adiar o fim do mundo, concordando com Ailton Krenak (2019), através de nossas palavras que geram novas encruzilhadas. Sigamos!!!
