A vastidão implacável do Oeste Americano serve como espaço para a narrativa em Meridiano de sangue, de Cormac McCarthy, onde cada personagem é moldado pela crença no Destino Manifesto e pela regeneração da fronteira. Cormac McCarthy apresentou no seu romance a violência de um grupo de mercenários contratados para fazer limpeza étnica em regiões problemáticas do Oeste dos Estados Unidos, como ferramenta política de domesticação espacial para a proposta do avanço dos colonos anglo-saxônicos. Dessa forma, o professor Mikael Frota apresenta neste livro, como resultado de pesquisa, que o processo de criação dos Estados Unidos, na proporção Oeste do país, conforme o romance Meridiano de sangue, foi um processo constante de violência e de extermínio. Ainda, os referenciais teóricos de Mikael Frota situam-se na fortuna crítica sobre Cormac McCarthy, na teoria narratológica, que envolve a tipologia do narrador, do foco narrativo e da descrição, na historiografia conservadora e contemporânea estadunidense, nos estudos ecocríticos sobre o wilderness e na construção espacial sob os pontos de vistas político e social, além de analisar termos fundamentais que são recorrentes nos estudos westerns.
