Existem dois Mimbós, são a mesma comunidade e duas realidades vividas em épocas e condições diferente, tem o Mimbó de baixo e o Mimbó de cima, o Mimbó de baixo, foi a época em que eles ainda moravam nas margens do riacho Mimbó e do rio Canindé e o Mimbó de cima é onde a comunidade está povoada atualmente. No Mimbó de baixo, quando ainda povoado, aconteceram fatos importantes para a história da comunidade, foi quando os pais da professora (aposentada) Idelzuíta Rabelo da Paixão, venderam tudo para se mudarem para a cidade de Regeneração-PI para alfabetizá-la onde conseguiu estudar até a quarta série do Ensino Fundamental. Após o feito, eles retornaram para o povoado com a primeira pessoa do quilombo Mimbó alfabetizada, que tempos depois, também, se torno a primeira professora da comunidade Mimbó. A primeira pessoa a se mudar para o Mimbó de cima, foi João Santos da Silva, em 1964, e assim, os outros moradores foram migrando gradativamente. No Mimbó de cima, outras dificuldades eram esperadas, a dificuldade de acesso a água era a mais preocupante, mas assim viveram por muito tempo até conseguirem água encanada e energia elétrica. Duzentos anos se passaram, a comunidade melhorou muito em condições de moradia, acesso a políticas públicas-estatais que transformam a realidade da comunidade efetivamente. Muito há para percorrer, as pessoas do Mimbó é símbolo de resistência, mas que não quer viver tendo que resistir sempre.
