
A Relação com o Saber na pesquisa em Educação: contribuições de Bernard Charlot
Organização: Maria Cecília Luiz
DOI: 10.51795/9786526519752
Maria Cecília Luiz, organizadora deste livro, Flávio Caetano da Silva e o Grupo de Pesquisa em Educação, Cultura e Subjetividade (GEPESC/UFSCar) que eles animam nos oferecem um livro coletivo que é de duplo interesse.
Vários capítulos enfocam a experiência e a formação dos diretores de escola, um tópico que até hoje recebeu pouca atenção na pesquisa brasileira. Portanto, qualquer pessoa interessada nesse assunto pode ler este livro com proveito. Também, e antes de tudo, a maioria dos capítulos contribui para a pesquisa sobre a relação com o saber que, no presente, está se expandindo internacionalmente.
É sobre essa questão da relação com o saber que direi algumas palavras neste prefácio, uma vez que sua função simbólica é apontar para o universo intelectual aberto pelo livro e preparar o leitor para ingressar nele. Além do mais, acho que é a melhor opção para evitar os deslizes narcísicos que ameaçam quem, como eu aqui, escreve o prefácio de um livro no qual ele é a principal referência teórica.
Entremos no universo problemático do livro. São três as palavras-chaves de um questionamento sobre a relação com o saber: sentido, mobilização, atividade – e a questão da mobilização leva a interrogar-se também sobre o desejo. Cada ponto remete aos outros dois, mas quando se trata de entender e não apenas de agir, a questão central é a do sentido. Qual o sentido de ir à escola quando você é um aluno, um professor ou um diretor? Será que a professora, cada manhã, celebra a sorte que tem de participar da formação da juventude brasileira? Ou será que vai à escola pensando “meu Deus, vou ter que aguentar esses meninos insuportáveis por mais um dia!”. Obviamente, sua mobilização para ensinar não será igual nos dois casos.
[…]
Agora, o leitor vai entrar na verdadeira aventura oferecida por este livro. Espero que esteja cheia de sentido, de atividade intelectual, de prazeres e emoções – com um pouquinho de risco, porque quando não há nenhum risco, a aventura é menos engraçada. Um livro como parque de aventura? Sim, este livro o merece e o possibilita, é um bom livro. Boa sorte.
Bernard Charlot
Ano de lançamento | 2025 |
---|---|
Formato | |
ISBN | 978-65-265-1974-5 |
ISBN [e-book] | 978-65-265-1975-2 |
Número de páginas | 332 |