Diálogos sobre formação de professores e currículo no ensino superior e na educação básica

Organização: Giovanna Ofretorio de Oliveira Martin-Franchi, Glaucia Maria da Silva Degrève, Noeli Prestes Padilha Rivas

DOI: 10.51795/9786526500491

A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores os meios de um pensamento autónomo e que facilite as dinâmicas de autoformação participada. Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projectos próprios, com vista à construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional. O professor é a pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor (…). Urge por isso (re)encontrar espaços de interacção entre as dimensões pessoais e profissionais, permitindo aos professores apropriar-se dos seus processos de formação e dar-lhes um sentido no quadro das suas histórias de vida. A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal.

(NÓVOA, Antonio. Formação de Professores e trabalho pedagógico. Lisboa: Educa, 2002. p.21.)