Seguindo os passos do primeiro volume de Narrativas híbridas de história e ficção infantis e juvenis brasileiras: leituras, lançado em 2023, pesquisadores do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado pela literatura: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para descolonização” oferecem, agora, a coletânea Narrativas híbridas de história e ficção infantis e juvenis brasileiras: leituras II.
A maior parte dos autores dos capítulos é composta por doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), muitos deles egressos do Mestrado Profissional em Letras (Profletras) dessa mesma instituição. Todos imbuíram-se de um objetivo para oferecer suas contribuições a esta coletânea: o compromisso com o ensino e, especialmente, com a formação do leitor literário em uma perspectiva crítica, descolonizadora, rumo à decolonialidade, por meio das narrativas híbridas de história e ficção infantis e juvenis brasileiras. De forma unânime, portanto, todas as análises ofertadas alinham-se ao intento de contribuir com os docentes do Ensino Fundamental na tarefa essencial de mediação da formação leitora literária.
Os nove capítulos que compõem a obra tratam da ressignificação de diferentes períodos da história do Brasil pela ótica do texto literário. As leituras propostas pelos autores ancoram-se em duas obras seminais para os estudos desenvolvidos nessa temática, voltados para a literatura infantil e juvenil: O romance histórico contemporâneo de mediação: entre a tradição e o desconstrucionismo – releituras críticas da história pela ficção, de autoria de Gilmei Francisco Fleck, obra publicada em 2017, que fornece as bases para a sistematização das diferentes modalidades de escrita híbrida, e Uma trajetória das narrativas híbridas de história e ficção infantil e juvenil no Brasil: as ressignificações do passado como vias de descolonização na formação leitora, tese desenvolvida por Vilson Pruzak dos Santos, defendida em 2023, que segue os passos de Fleck (2017), aplicando-os às narrativas híbridas de história e ficção infantis e juvenis.
Com a riqueza das leituras propostas nesta coletânea, esperamos que os estudos apresentados indiquem, aos docentes da Educação Básica, percursos de leitura com vista à formação de um leitor mais crítico, em um processo de descolonização das mentes, das identidades e do imaginário brasileiro, em uma perspectiva decolonial.
