Prezado leitor, prezada leitora,
Ao receber o convite para a escritura deste prefácio fiquei muito receosa, pois prefaciar um livro com escritas tão sensíveis é uma enorme responsabilidade.
Mas estas responsabilidades estão aí para nos desafiar.
Então, sentindo-me desafiada, me propus a escrever estas palavras.
São poucas e são de afeto. Palavras que se desdobram pela admiração e parceria que temos tecido (eu e Soymara) ao longo da nossa jornada como professoras pesquisadoras das e nas escolas.
Começo assim…
Este livro é resultado de um dos trabalhos mais incríveis que eu já conheci. Preciso dizer que li e reli esta frase muitas vezes, pois sei que parece uma frase clichê, pensei eu… Mas assim, não há outra que eu possa colocar no lugar, porque é exatamente isso que esse trabalho é.
Acompanho Soymara há muito tempo. Fomos colegas de docência trabalhando na mesma escola, fomos pontes uma para a outra, abrindo caminhos e descortinando horizontes que nem imaginávamos existir… colegas de pós-graduação e, hoje, parceiras de grupo de pesquisa.
[…]
As narrativas docentes precisam ser compartilhadas mostrando que a escola é e está muito além daquilo que se imagina que ela deve ser.
As narrativas deste livro cumprem esse papel, pois mostram escolas e sujeitos que a constituem com suas forças, fragilidades, desvios, desafios e possibilidades.
A escola é vida que pulsa, é pensamento e ação desviantes que se tecem nas brechas do cotidiano escolar, constituindo diversas possibilidades no instituído.
Possibilidades amorosas como nos ensinou Paulo Freire, possibilidades dignas e carregadas de justiça.
Que narrativas como essas, tecidas nos cotidianos das escolas e movidas pela denúncia e pelo compromisso coma educação sejam multiplicadas.
Com carinho e admiração
