Compartilhamento e colaboração na formação de professores/as: experiências do Grupo FORMAÇÃO

Desde 2018, o grupo de Pesquisa Formação da UFERSA, em Caraúbas, tem se dedicado a explorar e fomentar práticas colaborativas na formação de docentes, abrangendo tanto o ensino superior quanto a educação básica. Composto por dezoito membros, entre professoras e alunos dos cursos de Letras Libras, Inglês e Português e, mais recentemente, Bacharelado em Ciências e Tecnologia, o grupo se distingue pela ausência de hierarquia, promovendo um ambiente de aprendizado contínuo e colaborativo.

A pesquisa colaborativa é a base deste trabalho, articulando formação e investigação, incentivando os professores a refletirem criticamente sobre suas práticas e fundamentarem suas ações pedagógicas. O grupo discute obras de autores como Paulo Freire, Maurice Tardif, bell hooks, Lev Vigotski, Mikhail Bakhtin, Valentin Volochinov, Olivette Rufino Aguiar, Maria Salonilde Ferreira, Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina, Paiva Brasil e Selma Garrido Pimenta.

Esta obra sistematiza as contribuições e reflexões do grupo de Pesquisa Formação desde 2018, apresentando uma abordagem colaborativa e reflexiva na formação docente. A primeira parte, “Fundamentação”, explora conceitos e práticas através de sete capítulos. Destacam-se temas como as experiências formativas no grupo (Capítulo 1), os ciclos reflexivos (Capítulo 2), e as contribuições da pesquisa colaborativa para a prática pedagógica (Capítulo 3). Discussões sobre dialogicidade e identidade docente também são abordadas (Capítulos 4 e 5), além de reflexões sobre o inacabamento docente e o processo de ensinar (Capítulos 6 e 7).

A segunda parte, “Experiências e Vivências”, apresenta estudos de caso e experiências práticas. Discute a importância da Libras no ensino-aprendizagem (Capítulo 8), e as adaptações durante a pandemia (Capítulo 9). Os capítulos seguintes exploram a transformação das práticas pedagógicas (Capítulo 10), práticas inclusivas na EJA (Capítulo 11), e relatos do evento “40 horas em Angicos 60 Anos depois” (Capítulo 12). Além disso, inclui-se uma submersão autobiográfica de uma docente (Capítulo 13), a importância dos círculos dialógicos (Capítulo 14), e a busca pelo entusiasmo no ensino superior (Capítulo 15).

Esperamos que este livro seja uma fonte produtiva de conhecimento e inspiração para educadoras e educadores, promovendo a construção de uma educação reflexiva, colaborativa, eticamente implicada, politicamente orientada e transformadora.