Apesar dos avanços no acesso da População Privada de Liberdade (PPL) aos serviços de saúde, com a instituição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional, em 2014, o ambiente prisional carrega características que podem produzir, desencadear e agravar problemas de saúde, especialmente devido às condições precárias de confinamento (Brasil, 2014; Schultz; Dias; Dotta, 2020).
A insalubridade do aprisionamento como consequência da superlotação e seus reflexos na higiene, alimentação e saneamento básico, provoca o aumento nos índices de contágio e riscos para determinadas doenças (como HIV, tuberculose e hepatites) e de mortalidade em relação à população geral (Albuquerque et al., 2014; Opitz-Welke et al., 2018). Dessa forma, a luta para controlar o aumento de novos casos desses agravos na PPL é uma tarefa bastante desafiadora e faz com que a interdisciplinaridade e intersetorialidade sejam pontos chave para o sucesso de abordagens e intervenções desenvolvidas.
