No atual cronotopo histórico, que se inscreve como a era digital, não devemos (nem podemos) pensar nas relações sociais dissociadamente das múltiplas linguagens que atravessam e intermediam os sujeitos, nem tampouco desvincular nossa capacidade comunicativa dos vários ritos que são sustentados pela esfera educacional. É através da educação que cada indivíduo pode se instrumentalizar culturalmente, capacitando-se para transformações materiais do ponto de vista individual e sociais alcançando o coletivo. Mas é, sobretudo, na e pela linguagem que o indivíduo – tornado sujeito – vive participativamente, que mantém vínculos, desenvolve-se e cria sustentáculos sociais. Em nosso caso, enquanto pesquisadoras/pesquisadores, recorremos à linguagem, em diálogos com a educação, para materializar nossos tons, anseios, pensamentos e ações, e esses atos se tornam concretos quando os resultados de nossos experimentos são divulgados, lidos, refletidos, reproduzidos ou questionados por outros estudiosos na tentativa de apreciar/replicar as práticas educativas.
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Temos a expectativa de que os estudos reunidos nesta coletânea possam iluminar as consciências leitoras e revelar a capacidade das mãos e mentes brilhantes que preenchem esse rito escriturístico. As palavras que adornam essas coletâneas estão túrgidas de proposições para uma educação transgressora, viva e concreta. Ansiamos para que possa, assim, contribuir para a solidificação de profissionais comprometidos e responsáveis, através de práticas educacionais, habilidades intelectuais e o ofício magno de tecer novas histórias.
Dr. Wilder Kleber Fernandes de Santana (UFPB)
Dr. Luciano Mendes Saraiva (UFAC)
