
Literatura infantil/juvenil e sociedade: José Nicolau Gregorin Filho em foco
Organização: Flávia Reis, Samira Ramos
Então, vamos pensar nesse termo “juventude”. Não é algo que se cria alheio aos movimentos sociais. Entender as diferentes juventudes no mundo é entender a história da sociedade, todos os aspectos socioeconômicos, políticos e sociais que produziram essas identidades dos jovens. É muito raso falar em formação de leitores literários jovens. Que jovem? Que literário? […]. A gente precisa reaprender ou aprender a estudar, inclusive, a literatura, está certo? Porque vira uma saia justa você perguntar para uma pessoa o que é literatura e eu não digo nem a população em geral, eu digo os próprios professores, acadêmicos, alunos de Letras.
Gregorin Filho
A escola vive nessa corda bamba entre formar leitores literários e seguir modelos normativos — como os de Aristóteles, que influenciaram a Idade Média — ou adotar uma abordagem meramente descritiva. O grande desafio é formar leitores literários que consigam se reconhecer em uma obra. Quando um livro se dirige a eles, precisa dialogar com seu universo, utilizar as palavras que fazem parte de seu repertório, respeitar sua competência linguística. E, ao mesmo tempo, manter o caráter artístico da literatura, elevando a linguagem dentro da obra. É assim que o jovem pode, de fato, compreender o que é literatura e começar a se tornar um leitor literário.
Gregorin Filho
Ano de lançamento | 2025 |
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Formato | |
ISBN | 978-65-265-1929-5 |
ISBN [e-book] | 978-65-265-1930-1 |
Número de páginas | 248 |