A genealogia de Michael Foucault nos permite desconstruir as estruturas impostas pelo patriarcado, as quais subalternizam a mulher. Afinal, o papel feminino de submissão perante o homem não foi imposto pela natureza ou por qualquer entidade superior. Trata-se antes de uma construção cultural e que pode ser alterada diante de novas configurações históricas de poder. Assim, a teoria foucaultiana fornece instrumentos para compreender o movimento feminista em perspectivas mais abrangentes: como uma resistência fundada na crítica social das hierarquias e dos papéis de gênero. Nesse contexto, o feminismo procura a igualdade entre todos os homens e as mulheres, sejam estas brancas, negras, indígenas ou trans, a atribuir-lhes dignidade para ocupar o lugar que desejarem na sociedade.
